A informação de que cem crianças estão sendo internadas por semana em hospitais do Reino Unido por causa de uma síndrome rara desencadeada pela covid-19 deve ser vista com cautela pelos pais e profissionais da área de educação, segundo pediatras brasileiros ouvidos pelo Estadão. Eles avaliam que ainda é necessário estudar as causas do aumento de casos e se essas infecções são uma tendência em outros países. A alta de notificações na Europa trouxe preocupação, sobretudo neste momento de reabertura de escolas pelo Brasil.

A síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), considerada rara, é uma espécie de reação grave e tardia à infecção pelo novo coronavírus. Entre os sintomas possíveis estão febre, dor abdominal, inchaço nas articulações, manchas na pele, inflamação no pulmão e nos rins. Nem sempre vem acompanhada de sintomas respiratórios. Pode atingir crianças e adolescentes. Até o início de outubro, o Ministério da Saúde havia registrado 511 casos no Brasil, com 35 mortes. Procurada nesta terça-feira, a pasta não atualizou o balanço.

O pediatra e infectologista Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), diz que casos da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica, que pode até levar à morte, são raros e não há motivo para desespero. “É preciso ver se o aumento tem sido proporcional aos demais casos, coisa que já estão investigando. Ou se há mesmo um novo aumento de casos. Nada de pânico, é preciso avaliar o que está acontecendo”, diz.

“Se há aumento proporcional (ao crescimento de casos no Reino Unido) pode ser que tenha algo relacionado com a variante ou até a pessoas mais atentas ao diagnóstico. Mas é bom lembrar que tais eventos continuam sendo raros perto do número de casos e da incidência em crianças”, acrescenta Kfouri.

O avanço de uma variante britânica do novo coronavírus, mais contagiosa, tem preocupado especialistas. Minorias. O aumento de casos da síndrome no Reino Unido está em levantamento do jornal The Guardian, segundo o qual 75% das crianças mais afetadas pela SIM-P eram negras, asiáticas ou de minorias étnicas – e quase quatro em cada cinco crianças eram previamente saudáveis.

Fernanda Lima Setta, pesquisadora do Departamento de Pediatria do Instituto D’Or, diz não ter encontrado publicações científicas que relatassem esse aumento recente. “As crianças estão assintomáticas e, quatro a seis semanas depois, é como se fosse uma resposta dos anticorpos, que causam lesão dos órgãos alvo”, afirma a médica, também coordenadora-geral das UTIs pediátricas da Rede D’Or-Rio. A seu ver é possível notar a relação entre o ápice da pandemia em uma cidade e o pico de casos da síndrome inflamatória em crianças. “Aqui no Rio, internamos muitos casos de junho a setembro. Agora, começamos a ver menos. Não estamos vendo esse aumento.”

Em 2020, o Idor realizou estudo com pacientes de 1 mês a 19 anos que ficaram internados em UTIs por causa da covid e detectou que aqueles que desenvolveram a SIM-P apresentaram sintomas gastrointestinais – diarreia, vômito e dor de barriga. A indicação dos pesquisadores é de que os pais de crianças que apresentem esses sinais, além de prostração e febre sem causa aparente, devem levá-las ao hospital, pois não é possível notar os danos que a síndrome causa nos órgãos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo

Comparecer a todas as confraternizações, reuniões familiares e fartas ceias de fim de ano com autocontrole para guloseimas é, no mínimo, desafiador, fazendo com que dezembro seja o mês mais calórico do calendário. Assim, todo final de ano traz o mesmo dilema: como aproveitar as delícias gastronômicas deste período sem ganhar quilos extras?

O primeiro passo, claro, é não exagerar na quantidade de comida e bebidas ingeridas. Além disso, é importante inovar nas opções dos pratos, pois, habitualmente, são ricos em guloseimas e escassos em ingredientes saudáveis.

Com criatividade e boa vontade, é possível encontrar o equilíbrio entre os prazeres das refeições comemorativas e a alimentação balanceada, terminando as festividades com a consciência e o corpo tranquilos. Ao substituir os ingredientes tradicionais por alimentos mais saudáveis e de alto valor nutricional, sua ceia ficará uma delícia e muito mais leve. Confira algumas dicas:

– Use e abuse de temperos naturais, como alecrim, manjericão, alho, salsinha, orégano e tomilho, que conferem sabor refinado aos pratos e diminuem a necessidade do uso de sal;

– Experimente fazer no forno as preparações que usualmente levariam fritura, como a rabanada e os salgadinhos;

– Em vez de apostar no Tender como o prato principal da ceia, que é um embutido rico em sódio e conservantes, prefira outras opções de carnes, por exemplo: peru, frango ou peixe;

– No preparo de molhos e salpicão, tente substituir o creme de leite e a maionese por iogurte natural e queijo cottage. Eles dão a mesma cremosidade e possuem um ótimo sabor, mas têm menos calorias e gordura, sendo opções mais saudáveis;

– Inclua bandejas atrativas e fartas com saladas de vegetais, assim será mais fácil desviar a atenção para as preparações não tão saudáveis;

– Oleaginosas, como nozes, avelã e castanhas, são muito saudáveis e devem ser usadas, mas nada de exageros, pois elas são bastante calóricas;

– Sucos naturais de frutas, água de coco e água aromatizada (com canela, rodelas de abacaxi, laranja e limão) são ótimos substitutos para o refrigerante;

– Para a sobremesa, tenha opções de salada de frutas ou espetinhos com frutas que dão um colorido à mesa e não possuem adição de açúcar. Você pode acrescentar ao lado potinhos com semente de chia, aveia e linhaça, que vão agregar valor nutricional e graça à apresentação das frutas;

– Não exagere na bebida alcoólica, que é muito calórica e pobre em nutrientes. Antes de começar a beber, a melhor dica é ingerir muita água e, durante a festa, intercalar sempre o álcool com um copo de água. Assim, a tendência é diminuir o consumo do álcool ingerido e a ressaca do dia seguinte;

– Se estiver de férias, não abandone as atividades físicas. Aposte em uma simples caminhada, que já coloca seu corpo em movimento e queima algumas calorias.

Fonte: Site do Ministério da Defesa Marinha do Brasil