Cientistas prometem acabar com a enxaqueca até 2019
A enxaqueca afeta um em cada cinco dos brasileiros, é três vezes mais comum em mulheres e as crises de dor podem durar até 72 horas. Mesmo assim, não existem remédios específicos para esse tipo de dor de cabeça. Quem tem crises frequentes precisa se virar com analgésicos e tratamentos com medicamentos criados para outras doenças.
Mas isso pode melhorar em breve, com o desenvolvimento de uma injeção que previne as crises com apenas uma dose a cada três meses. Segundo o relatório da Adler Biopharmaceuticals, 98% dos participantes da fase de testes tiveram alguma redução no número de crises por 12 semanas, com apenas uma dose do remédio.
Na maioria dos voluntários, o número de crises por mês caiu pela metade. Um terço deles teve 75% menos crises do que o normal e 8% não tiveram crise nenhuma.
Os principais sintomas da enxaqueca são dores pulsantes na cabeça, sensibilidade à luz e náusea. Aos primeiros sinais de dor, analgésicos podem barrar a crise, mas muitas pessoas não têm alívio nenhum com eles.
Atualmente, quem tem crises crônicas e resistentes faz tratamentos preventivos com remédios para outras doenças. Anticonvulsivos, desenvolvidos para tratar epilepsia, como o topiramato e o valproato sódico, são um exemplo. Betabloqueadores, utilizados para tratar problemas de coração, também são usados para prevenir as crises. Mas esses medicamentos vêm com uma grande quantidade de reações adversas.
O estudo da Alder não trata dos possíveis efeitos colaterais da injeção, mas ela tem sido aprovada em todos os testes de segurança. A droga deve ir este ano para a última fase de testes clínicos e, se os resultados continuarem positivos, ela pode ser aprovada para a comercialização em 2019.